* Victor Nogueira
Tito Salomoni - Building a Rainbow
Tito Salomoni, Rainbow Fantasy,(Litogravura)
Numa das minhas fotos Vítor Durão deixou o seguinte comentário: "Quando vejo um arco-íris procuro sempre o seu fim porque estará por lá o pote de ouro, pelo menos é o que se julga".
São poucas as fotos minhas a arco-íris, sendo a maioria no Mindelo. Aqui se faz uma compilação. No meu Livro de Viagens há apenas três referências, sendo uma delas num registo "A caminho de Almeirim", refiro a fotografia a um arco-íris, ainda não digitalizei. Fora isso há uma referência em Ferragudo e outra numa viagem pela Linha do Norte, que se transcrevem.
«Às 8:30 tomámos o rápido da linha do Norte. Caía uma chuva miúdinha e no céu via-se um lindo arco íris. Matabichámos no bar da estação de Santa Apolónia, em, Lisboa, que é original, com motivos do caminho de ferro.» (1963.09.11 - Diário III)
Arco-íris em Ferragudo (Algarve) - 2000.04.22 «Andávamos a visitar esta povoação quando de repente começou a chover torrencialmente. Valeu-nos estarmos junto duma daquelas cabines telefónicas antigas, como as de Londres, onde nos resguardámos, a porta fechada, esperando pela bonança. Foi então que surgiu esta foto.»
2015 09 16 -- Depois da chuva, arco-íris no Mindelo. Noite de temporal no Mindelo - todo o dia e toda a noite choveu chuva ininterruptamente, em cerrada cortina de bátegas fragrosas. E o vento em rajadas fazia o milheiral e as plantas baloiçarem quase vergadas ao solo. Hoje, o dia seguinte, a manhã esteve nublada de azul cinza e o bulício do vento amainou, a terra no quintal ensopada de água. Ao princípio da tarde descobriu-se o ar de azul, soalheiro, num mar de calmaria e silêncio.- UMA FOTO E DOIS POEMAS
1. - CHOVE CHUVA
Com fragor
chove chuva
uva a uva
lentamente
Setúbal 2013 10 23
2. - BOLETIM METRILÓGICO
Uva a uva
chove chuva
molhada
miúdagraúda
ensopa a roupa
fria
de cinza
noite e dia
cansa a dança
em rodo-rio
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Setúbal 2012.12.06
2022 12 16 - Arco-íris no Mindelo - São raros os arco-íris no meu portfolio. Mas ontem aqui na sala, após uma manhã pluviosa, vislumbrei um para lá da vidraça, embora esbatido. Peguei na máquina fotográfica mas quando cheguei ao quintal ele sumira. Pouco depois, na cozinha, quando me preparava para almoçar sentado á mesinha com vista para o campo, ei-lo que surgiu novamente, esmaecido, mas desta vez não tão fugazmente, o que me permitiu fotografá-lo. Com tratamento de imagem ficou mais visível.
Não é necessário que chova para que se forme um arco-íris, como este, em Oeiras, no Parque dos Poetas - (2016 08 21 IMG_1952)
Arco-íris em Setúbal
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Uma Photographia por si só vale por mil palavras?