* Victor <Nogueira
Não estou certo que um dos edifícios por mim fotografados, em Vila do Conde, onde funciona uma esquadra da PSP, seja das instituídas pelo Conde Ferreira. Igual dúvida tenho quanto á da Pedra Furada, registada por Paulo Lobarinhas. Admito que o risco das Escolas do legado do Conde Ferreira tenha servido de modelo para outras, construídas pelo Estado até ao "plano dos centenários" (1941 / 1956)
Como resultado da população escolar, os edifícios tinham uma única sala de aulas ou duas, com diferenciação espacial dos sexos. No caso de haver apenas uma sala, nesta os alunos estavam separados. Havendo duas salas de aulas, cada sala era dedicada a cada um dos géneros.
Caldas da Rainha
Joaquim Ferreira dos Santos, (1782 – 1866) 1.º Barão, 1.º Visconde e 1.º Conde de Ferreira, títulos nobiliárquicos concedidos pela rainha D. Maria II, filho duma família modesta de lavradores do Porto (Campanhã), cidade onde nasceu e faleceu, tendo emigrado muito novo para o Brasil, onde amealhou uma enorme fortuna, sobretudo com o tráfico negreiro entre Angola e o Brasil.
Regressado a Portugal continuou a sua actividade comercial e enriquecimento. Sem herdeiros directos, por testamento deixou a sua enorme fortuna a um grande conjunto de beneficiários, entre os quais muitos colaboradores, parentes (nomeadamente sobrinhos) e amigos, e a favor de várias instituições e fundações de beneficência e utilidade social, como a Santa Casa da Misericórdia do Porto. Numerosos hospitais e asilos beneficiaram largamente do seu testamento, instituindo, ainda, pensões e prémios para pessoas desamparadas.
Ao Estado Português doou 144 000$000 réis para construir 120 Escolas de Instrução Primária, para ambos os sexos, para cuja construção se seguiu uma planta única, pois era mais prático, económico e rápido.
Foi o grande mecenas da instrução primária em Portugal, colocando como condição que as escolas a construir o fossem em terras que fossem vilas, cabeças e sedes de concelho, e que deveriam ser feitas segundo o risco, por ele estabelecido na respectiva planta, tendo, também, comodidade para habitação dos Professores, incluindo que tivessem aposentos e habitação para residirem.
Das 120 escolas previstas no seu testamento foram construídas 91, das quais 21 foram, entretanto, demolidas. As restantes 70 continuam a funcionar para os mais diversos fins, desde ensino a serviços municipais, passando por sedes de juntas de freguesias, bibliotecas, museus municipais ou mesmo instalações de forças de segurança.
A escola Conde Ferreira, seguindo um projecto apresentado em 1866, é encimada por um pequeno frontão, que lembra um campanário, apresentando-se como contraponto da igreja, com a qual procura concorrer, sendo um símbolo do positivismo nascente, aliado do progresso e da transformação social. (Wikipedia)
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Uma Photographia por si só vale por mil palavras?