segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Templos religiosos 64 - Alcácer do Sal

 * Victor Nogueira

Alcácer do Sal, Santa Susana, Torrão, Vale de Guiso

Alcácer do Sal





Igreja de Santiago - De origem medieval, este imponente templo foi reconstruído no reinado de D. João V.


 Galilé da Igreja do Convento franciscano de Santo António e Capela das 11 Mil Virgens

Um exterior modesto esconde um dos mais importantes exemplares da arquitectura renascentista de Portugal: a Capela das Onze Mil Virgens. O convento franciscano de Santo António foi fundado em 1524 por Dona Violante Henriques, durante o reinado de D. João III. A igreja conventual é também motivo de interesse pelas arcadas suportadas por colunas toscanas na entrada e pelos painéis de azulejos alusivos à vida de Santo António. No chão encontram-se variadas lápides funerárias de nobres que elegeram aquela como a última morada. A obra foi continuada por D. Pedro de Mascarenhas, filho da fundadora, vice-rei da Índia, que quis fazer uma capela integrada no Convento para ser o seu sepulcro e relicário pessoal. Morreu em 1556 sem concluir o edifício, que foi acabado pela sua segunda mulher, D. Helena de Mascarenhas, também aí sepultada.


 Brasão das famílias Mascarenhas e Henriques, no Convento de S. António

Alcácer do Sal – Igreja do Espírito Santo - Mural do PRT (Partido Revolucionário dos Trabalhadores)

Fundado a 15 de outubro de 1894, em resultado da junção do espólio arqueológico depositado na Câmara Municipal e de doações do padre Matos Galamba e de Joaquim Correia Batista, o Museu Municipal de Alcácer do Sal, sediado na Igreja do Espírito Santo,  é um dos mais antigos do País.




(Foto Emília Gato)


Ruínas do Castelo e do Convento Carmelita Araceli, no seu interior, no que era a alcáçova medieval) 

Rodeado por duas linhas de muralhas, o castelo de Alcácer do Sal é um exemplar raro de construção militar em taipa. As escavações arqueológicas realizadas nas imediações da fortificação permitiram encontrar vestígios do Neolítico, da Idade do Ferro e dos períodos de ocupação romana e árabe. Algumas das peças descobertas podem ser apreciadas no museu presentemente existente no conjunto edificado.

(foto jj castro ferreira)


 antigo Convento de Aracaelli, actual Pousada



Igreja de Santa Maria do Castelo e ruínas do antigo fórum romano. Neste local houve um templo romano e uma mesquita árabe







Santuário do Senhor dos Mártires, fundado nos séculos XIII ou XIV pelos Cavaleiros de S. Tiago. (Fotos dos anos '70 século XX). Do lado direito do templo fica a Capela do Tesouro (século XIII), com o pequeno santuário independente. 

Santa Susana







Igreja de Santa Susana, cruzeiro e ninho de segonhs


Cemitério e capela

Torrão


O processo de criação deste Convento de S. Francisco teve inicio em meados de 1584, mas só em 1604 o Frei Lourenço de Portel consegue as licenças da Câmara do Torrão e do seu povo para esta fundação, que será pouco depois confirmada pelo Rei Filipe II de Portugal.  Anteriormente existia neste local a ermida de São Sebastião, protector da peste e cuja fundação tinha sido iniciativa do povo do Torrão e da vereação da câmara local.


 Igreja de N. Sra da Assunção  (matriz) - Subsistem muitas dúvidas a respeito da cronologia exacta em que se ergueu a primeira igreja matriz do Torrão. O actual templo, eventualmente herdeiro de uma construção baixo-medieval, pertenceu à Ordem de Santiago, legítima proprietária da região durante os primeiros séculos de domínio cristão pós-reconquista, e, ao que tudo indica, localizava-se junto ao paço do comendador santiaguista, situado fora das muralhas da vila.

A actual configuração do templo, todavia, não recorda essa primeira fase e data de inícios do século XVI, altura em que o monumento foi objecto de uma reforma integral. Dessa época conservam-se ainda importantes vestígios manuelinos, que ajudam a compreender a expansão da linguagem artística do reinado de D. Manuel pelas terras do Sul ocidental, periféricas em relação aos principais eixos viários da altura. (PAF - DGPC)

Vale de Guiso




É barroca a Igreja de Nossa Sra do Monte, em Vale de Guiso, de exterior simples e despojado que contrasta com a riqueza do interior, de várias artes em conjugação: talha, pintura, azulejaria. O templo, isolado, lá no no cimo do outeiro, com a aldeia a seus pés, tem as paredes interiores revestidas com painéis de azulejos azuis e brancos com cenas da vida de Nossa Senhora. O pórtico principal ostenta as armas reais de D. José I. Possui três altares, um deles pertencente a Nossa Senhora do Rosário e outro à irmandade das Almas.

A obra foi mandada erguer pelo rei D. José em 1724, estando e concluída em1751. Contudo  há registos do século XVI que assinalam  a existência duma ermida neste lugar. Com o terramoto de 1755 sofreu grandes estragos, mas foi de imediato recuperada.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Uma Photographia por si só vale por mil palavras?