segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

fotos de capa em fevereiro 22

 * Victor Nogueira


2021 02 22 Foto victor nogueira- Póvoa de Varzim - porta com postigos, aldraba e campainha eléctrica


2020 02 22 Foto victor nogueira - réplica duma nau quinhentista, em Vila do Conde (foto em 2019.10.12)
Neste local eram outrora os estaleiros navais, presentemente transferidos para a margem esquerda do Rio Ave, em Azurara.
Esta nau que faz parte dum conjunto museológico dos "Descobrimentos" é visitável. Trata-se duma casca de noz, com camarotes exíguos: os do capitao, dos oficiais e do padre.

VER  Viagem à Rosa dos Ventos - zona ribeirinha de Vila do Conde


2020 02 22 Foto jj castro ferreira - baía de Luanda - c. 1959

Em 1961 para a disciplina de Português escrevi uma redacção sobre Luanda, semanas depois do 4 de Fevereiro e do 15 de Março, que marcam o início da Guerra Colonial ou de Libertação, então ausentes deste texto, como sendo de menor ou nenhuma consciência das futuras implicações e consequências.
Sendo na altura um adolescente, o texto de então não reflecte nem regista que praticamente desde o início Luanda era um porto de saída do tráfico negreiro para as plantações e engenhos das Américas e que a finalidade de Salvador Correia e da sua Armada era simplesmente colocar o tráfico esclavagista nas mãos do Brasil, com a expulsão dos Holandeses. Nada disto era dito ou dado a conhecer nas aulas de Português ou de História ou referido nos livros que tinham de passar pela "censura" Nem há qualquer referência à outra Luanda, a dos musseques, sem condições de habitabilidade e salubridade.
VER  

Luanda

Luanda, parte II



2019 02 22 Foto victor nogueira 2019.02 - Convento de Brancanes, em Setúbal


2017 2 22 Foto victor nogueira - Lisboa e cais das colunas, em 1975. No horizonte a Ponte 25 de Abril e na outra margem - a esquerda - o Cristo-Rei.
Com Ermelinda Duarte (letra e música) , nos idos de 1974 / 75, "Somos Livres"


Ontem apenas
fomos a voz sufocada
dum povo a dizer não quero;
fomos os bobos-do-rei
mastigando desespero.
Ontem apenas
fomos o povo a chorar
na sarjeta dos que, à força,
ultrajaram e venderam
esta terra, hoje nossa.
Uma gaivota voava, voava,
asas de vento,
coração de mar.
Como ela, somos livres,
somos livres de voar.
Uma papoila crescia, crescia,
grito vermelho
num campo cualquer.
Como ela somos livres,
somos livres de crescer.
Uma criança dizia, dizia
"quando for grande
não vou combater".
Como ela, somos livres,
somos livres de dizer.
Somos um povo que cerra fileiras,
parte à conquista
do pão e da paz.
Somos livres, somos livres,
não voltaremos atrás.


2013 02 22 Foto Victor Nogueira - Cascais (Praia do Guincho)

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