* Victor Nogueira
No regresso do Castelo passamos pela Igreja românica de S. Pedro e desembocamos no imponente templo barroco da Sé, que visitamos, cuja fachada sobressai vista lá de cima do castelo e cuja volumetria se impõe ao casario circundante. Também este templo sofreu os efeitos do terramoto de 1755, que os livros de história de antigamente pareciam circunscrever a Lisboa, dando razão ao dito: Portugal é Lisboa e o resto é paisagem. Daqui seguimos ao centro histórico onde as ruas são estreitas e os prédios altos. Mas os nomes não são ilustrativos, referindo-se antes a personagens como Afonso Henriques, Mestre de Aviz, João das Regras, Damião de Góis ou Gago Coutinho. Mas ainda se encontram as travessas das Amoreiras, da Paz ou da Beneficência e a rua das Olarias. O deambular leva-nos até à Praça Francisco Rodrigues Lobo, poeta, com edifícios de arcadas, ladeada de cafés e onde outrora se realizava diariamente o mercado, ao ar livre. Mas disso dá conta apenas um painel de azulejos junto a um muro perto do rio Lis. (NOTAS DE VIAGEM, 1997.11.01)
Leiria - azulejos - Largo da Sé, 7 - Pharmácia Guarda e Paiva
CASA DE ACÁCIO DE PAIVA – “Pharmácia Paiva “, No n.º 7 situava-se a casa onde nasceu, em 14 de abril de 1863, Acácio de Paiva. Nos números 8 e 9, a antiga “Pharmacia de Leonardo da Guarda e Paiva” que pertenceu ao tio-avô do Poeta. Este edifício de três pisos conserva na fachada os azulejos azuis e brancos de padrões neoclássicos, com as figuras de sábios gregos, provavelmente Hipócrates e Galeno, provenientes da Fábrica Cerâmica Viúva Lamego. Eça de Queiroz inspirou-se na “Pharmacia Paiva” para a “Botica do Carlos”, no romance O Crime do Padre Amaro. (in https://www.cm-leiria.pt/pages/375)
fotos em 1998.06.03 (rolo 346)
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Uma Photographia por si só vale por mil palavras?