* Victor Nogueira
Num mundo formatado para o individualismo, para o "lucro", pelo interesse pessoal, pelo egoísmo, não conseguem entender aquele outro, imperfeito embora, onde os "camaradas" são todos iguais, onde todos se tratam por "tu", vivam onde viverem, apesar de alguns poucos se consideraram acima por serem "doutores", mas onde não podem exigir esse tratamento, Não conseguem entender que cada um à sua maneira tente construir um Mundo Novo, um mundo de Igualdade, de Fraternidade, de Solidariedade!
Não conseguem entender a cidade que constroem e reconstroem de raiz, sempre diferente e para lá do transitório, das pedras construindo pontes e caminhos. Não conseguem entender que se orgulhem da luta milenar dos ventres ao sol, dos pé-descalço, dos descamisados, dos sans-culottes, dos sem-terra, de todos aqueles que recusam a opressão e a escravidão, qualquer que sejam as vestes com que pretendam escondê-las.
Não conseguem entender que a sua Festa, as suas Festas, de que se orgulham, sejam elas quais forem, sejam para não poucos "a Festa", festas erguidas a pulso, desinteressadamente, nos seus tempos e horas livres, nas suas férias. Algo que a maioria dos que se lhes opõem não conseguem entender ou, entendendo, é um Mundo que, deliberadamente, querem esmagar e sufocar .
São todos eles, sem excepção, seres imperfeitos, com a finitude de serem humanos. Mas aqueles que não transportam em si a traição à Humanidade, trazem o sonho, o desejo, a luta por um Mundo Novo, um Muno de Fraternidade, da Igualdade, de Solidariedade, de Liberdade! (2020.09.04)
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Amora - Deste lado avistam-se Arrentela e o Seixal, num interessante espectáculo de luzes reflectidas na baía, de que se destaca Arrentela, com a sua igreja no cimo duma pequena elevação sobranceira ao núcleo populacional primitivo. A marginal da Amora não está cuidada como a das povoações que lhe estão defronte. Uma correnteza de casas térreas constituem as moradias operárias dos estaleiros navais; mais além um pequeno largo com um simpático coreto e a igreja.
A povoação tornou se mais conhecida e concorrida em Setembro por ocasião da Festa do Avante, promovida anualmente pelo Partido Comunista Português na Quinta da Atalaia, no 1º fim de semana desse mês, desde 1990. Deste modo este espaço foi preservado, contrariamente a outras quintas selvaticamente urbanizadas como as das Biscoiteiras e da Medideira.
(Notas de Viagem, 1998.01.06)
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Rucas, Xicães e tutti quanti e a esmagadora maioria da comunicação social e seus avençados mentiram, manipularam, fizeram uma campanha digna dos melhores manuais de desinformação e condicionamento das consciências individuais e colectivas.
Rucas, Xicães e tutti quanti e a esmagadora maioria da comunicação social e seus avençados não conseguiram proibir ou impedir a realização da Festa do Avante. Na recta final contaram com as PALAVRINHAS do presidente da república, que numa roda viva de entretenimento quer ser o dono disto tudo, o Presidente-Reissol.
(Publicado por Victor Nogueira em 2020.09.01)
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a Festa em festa - Desde o Pavilhão da FIL (Feira Industrial de Lisboa), em 1976, na Junqueira, até à Quinta da Atalaia, no Seixal, longo tem sido o caminho da multifacetada Festa do Avante, onde sempre se encontram amigos e conhecidos provenientes de Portugal, de lés-a-lés.
Desde então a Festa foi-se realizando sucessivamente no Alto da Ajuda (1977 e 1978) e no Vale do Jamor (1979 a 1986), no Município de Lisboa. Como resultado de impedimentos então levantados pela Câmara de Lisboa, não se realizou em 1987, reatando-se o evento em Loures nos dois anos subsequentes (1988 e 1989), fixando-se definitivamente e desde 1990 na Quinta da Atalaia (Seixal) em terrenos comprados pelo PCP, alargados desde 2015 à Quinta do Cabo da Marinha, entretanto adquirida.
Fraternalmente aberta a todos quantos por bem vierem e fruto da militância e do empenhamento dos comunistas portugueses, a cidade da Festa e em festa é anualmente re-edificada, sempre diferente na sua arquitectura efémera e na diversidade de manifestações político-culturais.
(Publicado por Victor Nogueira em 2015.09.05)
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Pode ou não gostar-se da Festa [do Avante] e dos comunistas. Alguns ódios (de classe) entendem-se. Mas .. há comentários tão pequeninos, tão mesquinhos, tão rasteiros ...
Não fui a todas, gostei mais dumas que de outras, mas o que retenho é a fraternidade, o re-encontrar de amizades, a diversidade e, sobretudo, a alegria, o civismo, o respeito-mútuo e a descontracção.
(Publicado por Victor Nogueira em 2013.08.09)
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O tempo de antena televisivo é para os amigalhaços e não para os deserdados da fortuna. Nem outra coisa seria de esperar quer nos vários canais de televisão, quer nos restantes órgãos de comunicação social. Mantê-los custa dinheiro e dinheiro é algo que cada vez mais vai faltando à maioria. Em termos publicitários, quanto custam ou fazem entrar como receitas os shows publicitários proporcionados aos amigos do "dono" ? E naqueles órgãos de referência, que dando prejuízo, continuam a publicar-se, não existem se não para formatar as consciências num determinado sentido.
No Público, a Festa do Avante mereceu meia dúzia de linhas e no crescente líder de audiências que é o Correio da Manhã nem uma. Mas Cruz e Companhia tiveram direito a espaço ! .
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Pela Europa, manifestações por causa de xenofobia de Sarkovski e perseguição aos ciganos e pela retirada de direitos sociais aos trabalhadores. Mas a besta continua fazendo o seu trabalho e um dia se nos descuidarmos teremos os gansos a desfilarem pelas ruas com a Cruz de Cristo em braçadeira.
(Publicado por Victor Nogueira em 2010.09.19)
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Da vida e das lutas do povo só se fala quando há desgraças ou despedimentos. O resto seriam tricas políticas e não fosse o Avante e o povo seria apenas a fachada para enfeitar comícios, agitando bandeirinhas, Antigamente e ordeiramente, de Portugal, do Minho a Timor, hoje dos partidos em disputa!
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(Publicado por Victor Nogueira em 2010.08.12)
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O tempo é de banhadas, com o país encerrado para férias. Ele são os banhos de suor, os banhos de chuveiro ou de banheira, com ou sem banhadas marítimas, fluviais ou lacustres. Sem falar na miudagem banhando-se em espelhos de água urbanos. Ele é a preparação "invisível" da Festa do Avante e o cozinhado em lume brando da banha da cobra súcial-súcialista, com pós de perlimpimpim, depois dos foguetes revisionistas de Passos tirados da cartola com que Portas propôs um Governo tripartido de salvação nacional, ao estilo Irmãos Metralha!
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De portas abertas terá terminado o Processo Freeport, que tal como o Face Oculta, Maddie, Casa Pia, Operação Furação ou Apito Dourado entre muitos outros fizeram grande estridência com pífios resultados.
(Publicado por Victor Nogueira em 2010.08.01)
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O calor continua e neste fim de semana partirei mesmo para o Norte, pois eu e a Susana queremos estar de volta para poder assistir à Festa do Avante. De manhã fui cortar o cabelo a um barbeiro já velhote cuja existência desconhecia, ali numa transversal entre a Livraria Danny e o Largo do Mercado. A barbearia foi outrora o Salão Azul, agora decadente, e aplica cortes antigos e preços que são metade dos de outras barbearias. E que lento que é o velhote na execução da sua tarefa! Porque gosto do trabalho perfeito, explicava-me ele.
(Publicado por Victor Nogueira em 1993.08.19)
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Acabei por não ir à Festa do Avante, ao contrário do que programara, pois na véspera do meu regresso ao Sul tive um acidente por ter ido além da chinela. Pus-me a desentupir a canalização com soda cáustica, que espirrou e me mandou sucessivamente para os bancos de urgência dos Hospitais de Vila do Conde e de S. João, no Porto, sem outras consequências que não fosse passar uns dias às escuras, de olhos vendados ou de óculos escuros.
(Publicado por Victor Nogueira em 1990.09.19)
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2014 - Festa do Avante - 39 anos
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Festa da Avante 2013
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Festa do Avante 2012
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2003 (não digitalizado)
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A mítica entrada pela Quinta da Medideira
Festa do Avante 1999
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Festa do Avante 1998
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Festa do Avante 1997
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Festa do Avante 1988
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1985 (não digitalizado)
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Uma Photographia por si só vale por mil palavras?