O Fiesta I. de matrícula 25-29-CX, corresponde a uma outra fase da minha vida. No princípio a direcção era mais pesada que a dos Renault.
Mantiveram-se as viagens entre Setúbal e Lisboa/Paço de Arcos ou Porto/Mindelo/Vila do Conde mas o Baixo Alentejo e a Margem esquerda do Guadiana foram trocados elo eixo Caldas da Rainha/Óbidos/Alcobaça
Outra passou a ser a companha, navegadora, script girl e ajudante de fotógrafo, amante como eu de viagens e de aventura sem destino. Havia sempre um mundo desconhecido à nossa espera e assim o Rocinante percorreu Portugal de lés-a-lés, de Tavira a Chaves, de Bragança ao Cabo Carvoeiro, de Mértola ou Serpa a Caminha, de Aljezur aos Cabos Esipichel ou da Roca. sem esquecer as povoações da Beira Baixa e da Beira Alta, da profundeza dos vales e da beira-mar até ao cume da Serra da Estrela e à raia com Espanha.
O Fiesta em Sernancelhe
Foram cerca de 500 mil os km percorridos pelo Fiesta I, desgastantes, acabando por entregar os "cavalos" ao criador ao subir uma ladeira na Serra da Arrábido, recusando-se a dar mais um passo ou trote que fosse, sendo ingloriamente abatido à carga, vendido para o ferro velho.
Dessas viagens resta um espólio fotográfico de largos milhares de fotos analógicas com a Cosina que o meu irmão me oferecera e um inacabado e volumoso Livro de Viagens alicerçado nas minhas Notas então registadas pela Fátima.
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Uma Photographia por si só vale por mil palavras?