segunda-feira, 5 de março de 2018

Cinco fotogalerias para não esquecer a memória

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Cinco fotogalerias para não esquecer a memória

A propósito da edição especial do 28.º aniversário do PÚBLICO, dedicada à memória, o P3 recupera cinco projectos fotográficos que focam este pilar essencial da identidade individual e colectiva
Texto de Ana Marques Maia • 05/03/2018 - 15:44

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Eles invadiram as cidades-fantasmas de Fukushima
Após o acidente nuclear de Fukushima, algumas zonas em torno da central foram declaradas interditas, por motivos de segurança e saúde públicas. O japonês Keow Wee Loong arriscou a vida para fotografar uma “inquietante” cidade vazia, congelada no momento em que milhares de cidadãos escaparam à radiação. As imagens das acções quotidianas interrompidas, ainda congeladas no dia 11 de Março de 2011, fundem a memória da tragédia com o presente.


Foram assim os últimos meses de vida da minha avó
A avó da italiana Gaia Squarci descobriu, aos 85 anos, que sofria de uma “incurável doença do fígado”. Nos meses que antecederam a sua morte, que aconteceu a 11 de Outubro de 2015, a fotógrafa registou todos os estágios por que a sua nonna passou. “Ela fez as pazes com a ideia de morrer”, disse à Reuters. “Dizia senti-la chegar, lentamente.” A retrospectiva da sua vida fez parte do seu processo de preparação para a morte e o registo fotográfico de Gaia permite-nos ter um vislumbre dos momentos-chave.


"Ir a salto": o contrabando no tempo da ditadura
Em Trás-os-Montes, nos anos 60, o contrabando era uma realidade quotidiana. Portugal vivia sob a ditadura de Salazar e as fronteiras estavam encerradas: qualquer “salto” era ilegal, envolvia perigo. O projecto fotográfico de Hugo Santos,Memória Clandestina, recupera a memória do contrabando trasmontano através de imagens e testemunhos na primeira pessoa.


Imagens inéditas do Algarve nos anos 60 e 70
O Algarve, entre 1962 e 1975, era uma região bem diferente da que é hoje. O fotógrafo inglês Tim Motion, que durante esse período foi residente na vila de Carvoeiro, fotografou, então, copiosamente; guardou as imagens até ao ano de 2016, momento em que, a convite do festival Encontros de Fotografia de Lagos, as revelou ao grande público. Vale a pena voltar a ver estas imagens, que ilustram a região sob o jugo da ditadura e em pleno despontar para a democracia.


Alzheimer: retratos de vidas esquecidas
Quem seríamos hoje sem a memória de quem fomos no passado? O que acontece à identidade quando a memória se “esvai”? O fotógrafo holandês Alex Tem Nape retratou quarenta idosos com Alzheimer em busca do reflexo dessa perda. O trabalho pode ser revisto aqui.

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