DANÇA

Quando as fotografias dançam para prolongar um vestígio

Vestígios, coreografado por Joana Providência, é o movimento nas fotografias do fotógrafo francês que retratou a vida comunitária de Trás-os-Montes. Estreia-se no Porto, esta quinta-feira, 16 de Novembro

PAULO PIMENTA

16 de Novembro de 2017, 19:06

Já se sabe, as fotografias são vestígios. As de Georges Dussaud, tiradas ao longo de 40 anos, em Trás-os-Montes, são também pistas de pessoas, paisagens e modos de vida de uma comunidade quase em extinção — eram instantes com vida, mesmo antes da coreógrafa Joana Providência os pôr a dançar. Em Vestígios, actores e bailarinos da Academia Contemporânea do Espectáculo dialogam com as imagens do fotógrafo francês, projectadas num jogo de transparências e sobreposições. É como se os encontros com os habitantes de Trás-os-Montes também estivessem em palco. E como se os vestígios naqueles retratos se prolongassem.

Depois de Bragança e de Vila Real, a peça estreia-se no Porto, no Teatro do Bolhão, esta quinta-feira, 16 de Novembro, às 21h30. Fica em cena até dia 25 deste mês, de quinta a sábado, às 21h30, e à quarta-feira, às 19h.