Depois do lanche no "Bandarra", ali nas escarpas de S. Nicolau, e de re-ler mais umas páginas de "O Gerente da Noite", de John Le Carrée, havia que descobrir / decidir o que fazer antes de regressar a casa. Assim, na companhia do meu prestável Fiesta II, qual Lucky Luke, rumei para a Mitrena. zona de sapais onde se situa a zona industrial e os Estaleiros Navais que outrora eram da Setenave e agora pertencem à Lisnave. Nestes estaleiros dei aulas durante dois anos lectivos, aulas de Introdução à Política, de Ciências Sociais e de História - creio que também de Economia Política -, mas este não é o tema desta publicação.
O caminho para lá, que há anos não percorria, está diferente, já sem os pequenos estaleiros navais que bordejavam as margens do Sado, a mesma via estreita, a mesma curva inesperada e acentuada onde me despistei uma vez, dessa feita ao volante do Renault 4L, mas agora com variantes e viadutos que desviaram o tráfego rodoviário industrial do centro da cidade, nalgulns locais os pilaretes separando as faixas de trânsito automóvel.
Nas cercanias dos Estaleiros Navais agora da Lisnave encontram-se as ruínas de um dos très moinhos de maré que existiam em Setúbal, para lá dos moinhos de vento: este da Mitrena (em ruínas), o das Praias do Sado (praticamente desaparecido) e o da Mourisca (recuperado). Tivessem sido hoje construídos os Estaleiros Navais e talvez a empresa proprietária tivesse sido obrigada a reconstruir o moinho das cercanias.
Fica o registo fotográfico deste fim de dia.
O moinho de maré
O Sol e a Lua
O Fiesta II também tem direito a foto
Lisnave (ex-Setenave)
Não, não é neve, é apenas o resultado dum incipiente tratamento de imagem
Os esteiros do Rio Sado
No horizonte, a Serra da Arrábida
Guindastes no Cais dos Minérios (?)
fotos em 2017.10.08
Sou um pobre cavaleiro
solitário,
Longe, muito longe de casa
...
Belas fotografias!
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