* Victor Nogueira
Oleiros é povoação muito antiga, cujo nome resulta da existência duma pequena olaria em torno da qual se desenvolveu o povoado. O primeiro documento que se lhe refere é uma carta do Rei D. Pedro I, de 1366, pela qual concede que Azeitão tenha juiz. Nesse documento diz-se assim: «...tenho por bem e mando que aia hy hu~ juiz... que o dito juiz q~ for morador em azeitão ouça hy e determine todollos fetos dos moradores da dita comarca e daqueles que som e forem moradores daagua doleyris q~ tra pallmela e pelo cume da serra das portelas q~tra conna a nova.»
Para além da Capela de S. Marcos (1676) merece referência o "Solar" da Quinta das Baldrugas ou do Cabral, que pertenceu ao morgadio da Quinta da Torre dos Condes de Povolide, para além de outros edifícios, incluindo a Fonte, azulejada e com duas "figuras de convite". Possui a aldeia um coreto desengraçado, em cimento e sem cobertura.
Quinta das Baldrugas
Coreto
Capela de S. Marcos
Lavadouro público
Fonte de Oleiros
Quinta das Baldrugas
«Aldeia dos Irmãos» (e não Aldeia de Irmãos, como actualmente), segundo a tradição, deve-se à acção de dois irmãos que teriam erguido a Capela de S. Sebastião. Tem data de 1553 um relato de visitação da Ordem de Santiago que diz assim: «Visitação da yrmida de São Sebastião cituada em azeitão onde chamão alldea dos Irmãos...». Todavia a aldeia existe desde há mais tempo, pois o relato referido a respeito da ermida diz assim: «...que os moradores a construiram antigamente com sua confraria.»
O que mais se destaca nesta aldeia situada entre grandes quintas é a sua dimensão humana e rural, cuja capela com o seu alpendre, guarda no seu interior um retábulo quinhentista, um conjunto de pinturas do séc. XVI, bem como alguns paramentos do séc. XVII.
Fonte de Aldeia de Irmãos
Quinta das Conselheiras, no Largo de S. Sebastião
Largo e Capela de S. Sebastião
Poço de S. Sebastião
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