* Victor Nogueira
A Rua da Igreja não é apenas aquele sinuoso troço nas traseiras da Casa da Câmara mas é também
aquele curtíssimo trecho de edifícios novecentistas junto à Rua 25 de Abril, tendo numa
esquina o edifício da Caixa Geral de Depósitos e na outra a Pastelaria Nacional
e, defronte, o Largo dos Artistas e a Rua de S. Bento, em descida para a zona ribeirinha.
Encoberta fica a Praça José Régio, que pretenderá ser monumental, mas parece-me
um "pastiche" arquitectónico híbrido sobretudo da arquitectura do
Estado Novo e da "casa portuguesa" de Raul Lino, no centro da qual se
encontra uma estátua do escritor que em Vila do Conde nasceu e onde veio a
falecer.
A referida Praça é o resultado de uma intervenção
urbanística no interior do quarteirão em que se insere, convertido em espaço
público. Em 1984 o Município deu-lhe o nome de José Régio, no centro da qual
existe a referida estátua, concebida pelo escultor António Duarte. Em 2004, o
espaço foi novamente intervencionado com a finalidade de torná-lo um local de convívio,
com esplanadas e bancos.
O Largo dos Artistas (antigo Largo do Senhor da Cruz e Largo
28 de Maio) homenageia os artífices locais, onde na Idade Média e Moderna se
encontravam os carpinteiros calafates, alfaiates e outros. Estas reuniões
prolongaram-se até meados do seculo XX, agora com trabalhadores da construção
civil.
Neste monumento, inaugurado a 1 de Maio de 2002 e concebido
pelo escultor Manuel Sousa Pereira, figuram a escala humana um carpinteiro um trolha e um pedreiro.
Na Avenida 25 de Abril - novecentista - e defronte do
Mercado Municipal existe dissonante um edifício de autoria do Arqº Siza Vieira,
sede da agência local do BPI
Rua da Igreja
(Convento de Santa Clara visto da Rua da Igreja)
Largo dos Artistas
Café Bompastor
(conjunto escultórico)
(Café Nacional)
(Caixa Geral de Depósitos)
Rua 25 de Abril
(Supermercado da Praça)
(Posto de Turismo)
(edifício projectado por Siza Vieira)
Praça José Régio
(edifício projectado por Siza Vieira)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Uma Photographia por si só vale por mil palavras?