segunda-feira, 24 de novembro de 2014

oeiras - parque dos poetas - Gil Vicente:





foto victor nogueira - oeiras - parque dos poetas - Gil Vicente: os autos, as barcas e os barqueiros - escultura de josé aurélio. Ver mais em http://parquedospoetas.cm-oeiras.pt/?page_id=1282

CONTRA A MORTE E O AMOR NÃO HÁ QUEM TENHA VALIA (excerto)

Era ainda o mês de abril,
de maio antes um dia, 

quando lírios e rosas
mostram mais sua alegria;
pela noite mais serena
que fazer o céu podia,
quando Flérida, a formosa
infanta, já se partia,
ela na horta do pai
para as árvores dizia:
“Ficai, adeus, minhas flores,
em que glória ver soía.
Vou-me a terras estrangeiras,
a que ventura me guia.
Se meu pai me for buscar,
que grande bem me queria,
digam-lhe que amor me leva,
e que eu sem culpa o seguia;
que tanto por mim porfiava
que venceu sua porfia.
Triste, não sei aonde vou,
e a mim ninguém o dizia!”

VER TEXTO COMPLETO DO VILANCETE EM

http://www.citador.pt/poemas/contra-a-morte-e-o-amor-nao-ha-quem-tenha-valia-gil-vicente

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