Publicado em 13 outubro 2010, por Deco Rodrigues
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Fotografias que retratam detalhes das obras de arte que compõem túmulos e mausoléus de cemitérios.
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Pode parecer um tanto quanto mórbido, mas a estudante de jornalismo Helena Schwonke, garante que se trata de uma arte de muito bom gosto e cheia de detalhes que fazem o observador viajar no tempo, na história da cidade, e na história das famílias.
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A proposta de Helena é desmistificar a morte e o preconceito que se tem em relação a cemitério e principalmente valorizar a cultura e o patrimônio. “O cemitério conserva acervos artísticos e históricos provenientes de épocas em que Pelotas era uma cidade muito diferente da que conhecemos hoje e infelizmente está sendo esquecida e destruída gradativamente”, lamenta.
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Ela conta que desde pequena se interessou pelas esculturas, principalmente os grandes anjos. “As pessoas têm muito preconceito, acham gostar de cemitério é coisa de louco. Há muito tempo eu visito e me interesso pela arte tumular. Só depois de ler estudar sobre o assunto percebi que o preconceito é só falta de informação”, explica.
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Em países da Europa, por exemplo, os cemitérios são considerados pontos turísticos tanto pela beleza arquitetônica como por abrigarem túmulos de pessoas importantes. “Aqui em Pelotas temos os dois, beleza e túmulos de pelotenses ilustres, como o poeta Lobo da Costa, a cantora Zola Amaro e o artista Antônio Caringi e pouca gente sabe disso” afirma. “São verdadeiros museus a céu aberto”.
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Apaixonada por Pelotas, Helena diz que a intenção dela é divulgar as belezas da cidade pouco exploradas. “Pelotas tem coisas lindas espalhadas por todos os cantos, do centro ao laranjal. Minha ideia aqui é mostrar uma parte que não é valorizada como deveria”, explica “A fotografia foi a forma que encontrei de divulgar essa arte esquecida. Com o meu olhar eu registro, amplio e multiplico. A intenção é que as pessoas se interessem e passem a cultivar, valorizar e preservar este patrimônio”.
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BIOGRAFIA
Helena Santos Schwonke
Pelotense, 23 anos, estudante de jornalismo.
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Desde pequena se interessou por fotografia. Com dez anos ganhou de aniversário sua primeira máquina fotográfica, passou a registrar tudo ao seu redor e nunca mais parou.
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Mesmo antes de entrar na faculdade de jornalismo (UCPel), fez cursos de fotografia onde aprendeu além técnica, o processo de ampliação em laboratório.
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Na faculdade, participou do projeto fotográfico Ilha dos Marinheiros, além dos jornais comunitários Folha da Princesa e O Pescador.
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Esta mostra intitulada “Imortal”, é a terceira exposição fotográfica de Helena com foco neste tema, uma forma de multiplicar para o maior e mais diversificado público este importante assunto.
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A exposição pode ser visitada até o dia 24 de novembro, no bar e Champanharia João Gilberto (G. Chaves, 430), de terça a sábado, a partir das 16h.
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Uma Photographia por si só vale por mil palavras?