02/08/2010 - 13:57 (atualizada em 02/08/2010 14:01)
As celebridades mundiais consideradas mais bonitas do mundo já passaram sem roupa ou quase nuas pelas lentes do fotógrafo Sante D'Orazio; confira entrevista com o norte-americano
Rafael Bergamaschi
Sante ao lado de Pamela Anderson
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Claudia Schiffer, Naomi Campbell, Sharon Stone, Pamela Anderson, Angelina Jolie, Penélope Cruz e Gisele Bündchen. Estas são apenas algumas das belas mulheres que já passaram nuas ou quase sem roupa pelas lentes do fotógrafo Sante D’Orazio. Com muitas delas, as quais ele humildemente chama de “amigas”, o relacionamento foi mais do que profissional.
Sante D’Orazio tem 54 anos e é natural do Brooklyn, em Nova York. Cedo iniciou seus estudos em artes e rapidamente migrou para a fotografia. Seus trabalhos já estamparam grandes revistas do mundo inteiro, entre elas “Vogue”, “Vanity Fair” e “GQ”.
Em entrevista exclusiva para o Abril.com, D’Orazio falou sobre sua carreira, discursou sobre a beleza feminina e contou como ele enxerga sua vida e seu trabalho agora, com meio século de vida. Confira a entrevista na íntegra:
Por que decidiu se tornar um fotógrafo?
Esta é uma boa pergunta, eu nunca planejei me tornar um fotógrafo, apenas aconteceu. Eu era um estudante de pintura, pintava desde garoto. Havia um senhor que vivia próximo de casa que adorava fotografar, ele perguntou se eu, como estudante de arte, gostaria de aprender fotografia. Eu tinha por volta de 18 anos. Ele acabou se tornando meu professor, meu mentor. Por quatro anos eu tive aulas particulares com ele. Quando me graduei na universidade, onde estudava arte e pintura, precisava de um emprego e o primeiro que apareceu foi com fotografia. Quatro anos depois fiz minha primeira capa da “Vogue”. Eu fui com a maré, às vezes a vida abre oportunidades e se você as segue pode acabar em lugares que nunca imaginaria sozinho.
Existem muitas diferenças na maneira como era tratado no começo de sua carreira e agora que você é conhecido mundialmente?
As pessoas sempre são legais comigo, eu sempre sou legal com as pessoas... Obviamente as pessoas hoje reconhecem meu trabalho, mas acho que você tem mais chances de arriscar quando é jovem, as pessoas te dão mais chances. Quando se desenvolve uma carreira, as pessoas também têm medo de trabalhar com você, elas se sentem intimidadas. Quanto mais velho, maior é a pressão e as pessoas esperam o que você já fez, elas querem mais do mesmo, elas não estão tão abertas para o que há de novo com você. As revistas pensam que conhecem meu trabalho, mas, na verdade, eles apenas se recordam de meus trabalhos de 10, 15 anos atrás.
Muitas das mulheres que fotografou estavam nuas ou vestiam apenas roupas íntimas, qual o segredo para se fotografar uma bela mulher nestas condições?
Eu sempre fui gentil e respeitoso, sem parecer ameaçador. Não se estabelece este tipo de confiança tocando a garota, ou dizendo as coisas erradas. É preciso ser um cavalheiro.
Como você faz para que elas percam a inibição e se sintam à vontade?
É preciso estabelecer algum tipo de confiança, e isso vem com a sua personalidade, faz parte de quem você é. Não se pode inventar isso, ou se é este tipo de pessoa ou não. É mais fácil para mim fazer este tipo de trabalho agora, pois elas (as modelos) podem ver minha história e fotografias que fiz. Quando era jovem, acontecia mais com amigas minhas. Acontece que minhas amigas acabaram se tornando pessoas muito famosas como Naomi e Christy Turlington... Éramos da mesma geração.
Qual o seu relacionamento com as modelos e atrizes, saiu com muitas delas?
Com algumas delas, elas são minhas amigas.
O que é uma mulher bonita para você?
Nada define uma bela mulher. É poesia. É a coisa não dita. É possível encontrar beleza nos lugares em que menos se espera.
Onde você encontrou?
Eu encontro em todos os lugares, todos os dias. É possível encontrá-la no pescoço de alguém, nos olhos de alguém... Em um dia bonito com céu claro... É uma pergunta muito ampla. O problema é que todos querem tudo definido, a beleza está naquilo que não é definido. É aí que se descobrem as coisas, é assim que as coisas se tornam novas e permanecem novas.
Das mulheres que trabalhou, você tem algumas favoritas?
Todas têm algo especial que tenha me feito querer fotografá-las desde o princípio. Tudo tem um sabor diferente, uma beleza diferente e é isso o que é maravilhoso. É claro que tenho algumas favoritas, mas por causa da personalidade, ou algo do tipo. Quanto à beleza, todas têm suas características únicas, são todas muito diferentes.
O que mudou em você com a idade, o que te move no momento?
Faço muitas coisas diferentes, eu pinto, fotografo, filmo... Mas em relação a fotografar uma mulher, minha base sempre foi a fina arte, os movimentos clássicos que existem desde os princípios do tempo. Quanto ao nu, cada pessoa te dá algo diferente, mas a essência da foto ainda sou eu, é sempre um auto-retrato de alguma forma. Eu mudo junto com a minha obra.
Depois de tudo o que viveu, mulheres, festas... Você acredita que viveu ou que ainda vive a vida que queria?
Acho que quando você faz isso, você para de viver e começa a viver no passado. Sempre tento olhar para frente, sempre busco algo novo. Ver desta forma significa que está acabado. Eu acho que nunca serei a pessoa que quero ser e espero que não, pois isso significaria que parei de viver. Tenho muitas metas, muitas coisas que quero ver e fazer e crescer e mover. Não posso dizer que vivi a vida que quis, posso dizer que tive muita sorte, mas ainda há muito que quero fazer.
Você pensa em estabelecer uma família e ter uma vida tradicional?
Não acredito que uma vida tradicional dê conta de mim, com o que eu faço. Isso não significa que eu seja um playboy, não o sou. Eu tive uma esposa, tenho um filho de 16 anos. Se gostaria de uma nova família? Talvez, claro, por que não? Mas é preciso encontrar uma parceira que entenda e goste do que eu faço. Não faço o que faço apenas para pegar garotas.
Por que você faz?
Porque eu amo a arte, ainda me inspira. Não diferente de um novo pôr do sol ou um sol nascente. Eu ainda olho e amo cada foto. Sou mais feliz quando tenho uma câmera em minhas mãos.
.Sante D’Orazio tem 54 anos e é natural do Brooklyn, em Nova York. Cedo iniciou seus estudos em artes e rapidamente migrou para a fotografia. Seus trabalhos já estamparam grandes revistas do mundo inteiro, entre elas “Vogue”, “Vanity Fair” e “GQ”.
Em entrevista exclusiva para o Abril.com, D’Orazio falou sobre sua carreira, discursou sobre a beleza feminina e contou como ele enxerga sua vida e seu trabalho agora, com meio século de vida. Confira a entrevista na íntegra:
Por que decidiu se tornar um fotógrafo?
Esta é uma boa pergunta, eu nunca planejei me tornar um fotógrafo, apenas aconteceu. Eu era um estudante de pintura, pintava desde garoto. Havia um senhor que vivia próximo de casa que adorava fotografar, ele perguntou se eu, como estudante de arte, gostaria de aprender fotografia. Eu tinha por volta de 18 anos. Ele acabou se tornando meu professor, meu mentor. Por quatro anos eu tive aulas particulares com ele. Quando me graduei na universidade, onde estudava arte e pintura, precisava de um emprego e o primeiro que apareceu foi com fotografia. Quatro anos depois fiz minha primeira capa da “Vogue”. Eu fui com a maré, às vezes a vida abre oportunidades e se você as segue pode acabar em lugares que nunca imaginaria sozinho.
Existem muitas diferenças na maneira como era tratado no começo de sua carreira e agora que você é conhecido mundialmente?
As pessoas sempre são legais comigo, eu sempre sou legal com as pessoas... Obviamente as pessoas hoje reconhecem meu trabalho, mas acho que você tem mais chances de arriscar quando é jovem, as pessoas te dão mais chances. Quando se desenvolve uma carreira, as pessoas também têm medo de trabalhar com você, elas se sentem intimidadas. Quanto mais velho, maior é a pressão e as pessoas esperam o que você já fez, elas querem mais do mesmo, elas não estão tão abertas para o que há de novo com você. As revistas pensam que conhecem meu trabalho, mas, na verdade, eles apenas se recordam de meus trabalhos de 10, 15 anos atrás.
Muitas das mulheres que fotografou estavam nuas ou vestiam apenas roupas íntimas, qual o segredo para se fotografar uma bela mulher nestas condições?
Eu sempre fui gentil e respeitoso, sem parecer ameaçador. Não se estabelece este tipo de confiança tocando a garota, ou dizendo as coisas erradas. É preciso ser um cavalheiro.
Como você faz para que elas percam a inibição e se sintam à vontade?
É preciso estabelecer algum tipo de confiança, e isso vem com a sua personalidade, faz parte de quem você é. Não se pode inventar isso, ou se é este tipo de pessoa ou não. É mais fácil para mim fazer este tipo de trabalho agora, pois elas (as modelos) podem ver minha história e fotografias que fiz. Quando era jovem, acontecia mais com amigas minhas. Acontece que minhas amigas acabaram se tornando pessoas muito famosas como Naomi e Christy Turlington... Éramos da mesma geração.
Qual o seu relacionamento com as modelos e atrizes, saiu com muitas delas?
Com algumas delas, elas são minhas amigas.
O que é uma mulher bonita para você?
Nada define uma bela mulher. É poesia. É a coisa não dita. É possível encontrar beleza nos lugares em que menos se espera.
Onde você encontrou?
Eu encontro em todos os lugares, todos os dias. É possível encontrá-la no pescoço de alguém, nos olhos de alguém... Em um dia bonito com céu claro... É uma pergunta muito ampla. O problema é que todos querem tudo definido, a beleza está naquilo que não é definido. É aí que se descobrem as coisas, é assim que as coisas se tornam novas e permanecem novas.
Das mulheres que trabalhou, você tem algumas favoritas?
Todas têm algo especial que tenha me feito querer fotografá-las desde o princípio. Tudo tem um sabor diferente, uma beleza diferente e é isso o que é maravilhoso. É claro que tenho algumas favoritas, mas por causa da personalidade, ou algo do tipo. Quanto à beleza, todas têm suas características únicas, são todas muito diferentes.
O que mudou em você com a idade, o que te move no momento?
Faço muitas coisas diferentes, eu pinto, fotografo, filmo... Mas em relação a fotografar uma mulher, minha base sempre foi a fina arte, os movimentos clássicos que existem desde os princípios do tempo. Quanto ao nu, cada pessoa te dá algo diferente, mas a essência da foto ainda sou eu, é sempre um auto-retrato de alguma forma. Eu mudo junto com a minha obra.
Depois de tudo o que viveu, mulheres, festas... Você acredita que viveu ou que ainda vive a vida que queria?
Acho que quando você faz isso, você para de viver e começa a viver no passado. Sempre tento olhar para frente, sempre busco algo novo. Ver desta forma significa que está acabado. Eu acho que nunca serei a pessoa que quero ser e espero que não, pois isso significaria que parei de viver. Tenho muitas metas, muitas coisas que quero ver e fazer e crescer e mover. Não posso dizer que vivi a vida que quis, posso dizer que tive muita sorte, mas ainda há muito que quero fazer.
Você pensa em estabelecer uma família e ter uma vida tradicional?
Não acredito que uma vida tradicional dê conta de mim, com o que eu faço. Isso não significa que eu seja um playboy, não o sou. Eu tive uma esposa, tenho um filho de 16 anos. Se gostaria de uma nova família? Talvez, claro, por que não? Mas é preciso encontrar uma parceira que entenda e goste do que eu faço. Não faço o que faço apenas para pegar garotas.
Por que você faz?
Porque eu amo a arte, ainda me inspira. Não diferente de um novo pôr do sol ou um sol nascente. Eu ainda olho e amo cada foto. Sou mais feliz quando tenho uma câmera em minhas mãos.
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Uma Photographia por si só vale por mil palavras?