As seis mil fotografias que integram o arquivo de Frida Kahlo saíram finalmente do armário e estão agora num livro
Livro vai ser série
As fotografias de Frida Kahlo que nunca tínhamos visto
12.08.2010 - PÚBLICO
Seis mil imagens de Kahlo e Diego Rivera foram seleccionadas dos arquivos para se tornarem nas 400 que integram o projecto do historiador e fotógrafo Pablo Ortiz Monasterio.
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Frida Kahlo morreu em 1954, com 47 anos. O seu imenso arquivo fotográfico, que ela fundira com o do marido, Diego Rivera, ficou nas mãos deste. Quando Rivera morreu, três anos depois, milhares de fotografias foram confiadas à guarda da amiga e executora testamentária, Lola Olmedo. Mas Rivera fez-lhe um pedido: que só fossem tornadas públicas depois de passarem 15 anos sobre a sua morte.
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Lola guardou-os muito mais tempo. Só em 2006 é que as seis mil fotografias que integram o arquivo de Frida Kahlo saíram dos armários onde tinham permanecido guardadas. São, descreve o "El País", fotos "vibrantes, familiares, artísticas, dedicadas, pessoais, inspiradoras, turísticas, recortadas, e algumas, só algumas, feitas pela própria Kahlo". O fotógrafo e historiador Pablo Ortiz Monasterio escolheu 400 imagens, muitas das quais inéditas, e apresenta-as no livro "Frida Kahlo, sus fotos" (editado pela editora RM e pelo Museu Frida Kahlo, situado na Casa Azul do bairro de Coyoacán, onde a artista viveu; e no Brasil pela Cosac Naify).
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Há fotografias de nomes famosos como Man Ray, Brassaï ou Manuel Álvarez Bravo, e imagens de várias personalidades com as quais Frida conviveu, artistas como Marcel Duchamp ou a actriz Paulette Goddard, o surrealista francês André Breton ou o político russo León Trotski. E há também inúmeras fotografias da autoria do pai de Frida, Guillermo Kahlo, descendente de judeus húngaros e ele próprio fotógrafo. Terá sido por influência dele, um entusiasta do auto-retrato, que, depois do acidente que lhe deformou o corpo, Frida começou a pintar-se. "O tema é polémico", explica Monasterio citado pelo "El País", "porque, quando os estudiosos começaram a rever a obra dela, era habitual dizer que Diego lhe sugerira o que pintar e como. Agora, o grupo de auto-retratos do pai propõe outra perspectiva."
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O livro divide-se em sete temas, desde as origens de Frida à sua luta política, passando pelos pais, pela Casa Azul, o acidente e os amores. O autor admite que apenas quatro fotografias, de 1929 e 1930, possam ter sido tiradas pela própria artista. O capítulo sobre o corpo (que foi o grande tema da sua pintura) começa com uma radiografia do tronco feita três meses antes da sua morte, na qual se vê a coluna desfeita depois do acidente que sofrera em 1925 a bordo de um autocarro.
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"Fascinam-me essas fotos", confessa Ortiz Monasterio. "São muito eloquentes para perceber quem era Frida e como enfrentava a dor e a sensualidade". Como, por exemplo, a foto em que aparece deitada numa cama, nua e de cabeça na almofada, mas olhando para a câmara com um sorriso.
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Frida Kahlo morreu em 1954, com 47 anos. O seu imenso arquivo fotográfico, que ela fundira com o do marido, Diego Rivera, ficou nas mãos deste. Quando Rivera morreu, três anos depois, milhares de fotografias foram confiadas à guarda da amiga e executora testamentária, Lola Olmedo. Mas Rivera fez-lhe um pedido: que só fossem tornadas públicas depois de passarem 15 anos sobre a sua morte.
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Lola guardou-os muito mais tempo. Só em 2006 é que as seis mil fotografias que integram o arquivo de Frida Kahlo saíram dos armários onde tinham permanecido guardadas. São, descreve o "El País", fotos "vibrantes, familiares, artísticas, dedicadas, pessoais, inspiradoras, turísticas, recortadas, e algumas, só algumas, feitas pela própria Kahlo". O fotógrafo e historiador Pablo Ortiz Monasterio escolheu 400 imagens, muitas das quais inéditas, e apresenta-as no livro "Frida Kahlo, sus fotos" (editado pela editora RM e pelo Museu Frida Kahlo, situado na Casa Azul do bairro de Coyoacán, onde a artista viveu; e no Brasil pela Cosac Naify).
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Há fotografias de nomes famosos como Man Ray, Brassaï ou Manuel Álvarez Bravo, e imagens de várias personalidades com as quais Frida conviveu, artistas como Marcel Duchamp ou a actriz Paulette Goddard, o surrealista francês André Breton ou o político russo León Trotski. E há também inúmeras fotografias da autoria do pai de Frida, Guillermo Kahlo, descendente de judeus húngaros e ele próprio fotógrafo. Terá sido por influência dele, um entusiasta do auto-retrato, que, depois do acidente que lhe deformou o corpo, Frida começou a pintar-se. "O tema é polémico", explica Monasterio citado pelo "El País", "porque, quando os estudiosos começaram a rever a obra dela, era habitual dizer que Diego lhe sugerira o que pintar e como. Agora, o grupo de auto-retratos do pai propõe outra perspectiva."
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O livro divide-se em sete temas, desde as origens de Frida à sua luta política, passando pelos pais, pela Casa Azul, o acidente e os amores. O autor admite que apenas quatro fotografias, de 1929 e 1930, possam ter sido tiradas pela própria artista. O capítulo sobre o corpo (que foi o grande tema da sua pintura) começa com uma radiografia do tronco feita três meses antes da sua morte, na qual se vê a coluna desfeita depois do acidente que sofrera em 1925 a bordo de um autocarro.
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"Fascinam-me essas fotos", confessa Ortiz Monasterio. "São muito eloquentes para perceber quem era Frida e como enfrentava a dor e a sensualidade". Como, por exemplo, a foto em que aparece deitada numa cama, nua e de cabeça na almofada, mas olhando para a câmara com um sorriso.
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Uma Photographia por si só vale por mil palavras?