Morumbi recebe exposição do projeto Alfabetização Visual
Autor: Comunicação
Fonte: Site Oficial
O São Paulo Futebol Clube, por meio do programa São Paulo Social, em parceria com o SENAC, traz ao Estádio do Morumbi a exposição do projeto gratuito Alfabetização Visual do SENAC com fotos do cotidiano dos deficientes visuais na cidade de São Paulo. . O evento exibirá 20 fotos realizadas por alunos com deficiência visual que fazem parte do projeto, desenvolvido desde 1999. A ação capacita estudantes do Bacharelado em Fotografia do Centro Universitário Senac para se tornarem educadores em projetos sócio-culturais. .
Diariamente, os limites da humanidade e da civilização são rompidos, mas parece que não queremos enxergar. Será que todos nós estamos ficando cegos?, diz Saramago.
Autor: Comunicação
Fonte: Site Oficial
O curso iniciou em março de 2008, e o tema Acessibilidade foi desenvolvido durante o ano de 2009, sete deficientes visuais participaram do projeto e produziram imagens com a orientação dos alunos da instituição sobre suas rotinas nas ruas de São Paulo, os difíceis acessos e o descaso com os portadores da deficiência visual. As fotos também foram desenhadas em alto relevo, com legendas e texto em Braille para que todos os deficientes possam "enxergar" o trabalho.
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"O evento explora o papel que a fotografia pode desempenhar nas áreas de ação e inclusão social, além de reforçar a metodologia educacional diferenciada do Senac São Paulo", explica João Kulcsár, docente do Bacharelado em Fotografia do Senac São Paulo e idealizador do projeto.
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Workshop e Visita Guiada
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Neste domingo (16), no intervalo do jogo entre São Paulo FC e Botafogo, pelo Campeonato Brasileiro, acontecerá a abertura da exposição com uma visita guiada com os deficientes visuais artistas.
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A exposição será aberta ao público a partir desta segunda (17) até sábado (22), das 09h às 18 horas, no Morumbi Concept Hall, entrada pelo portão 2 do Estádio do Morumbi.
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Metodologia
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A iniciativa do projeto Alfabetização Visual faz parte da metodologia do Senac São Paulo de transmitir o conhecimento por meio da prática e de técnicas inovadoras. O projeto pioneiro da instituição transformou os alunos do Bacharelado em Fotografia em educadores e possibilitou que no futuro eles possam multiplicar os ensinamentos em outras causas sociais.
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Segundo Kulcsár, o curso para os deficientes visuais surgiu em março de 2008 de uma necessidade identificada pelos usuários da biblioteca Braille do Centro Universitário Senac - Campus Santo Amaro. A primeira turma recebeu sete estudantes deficientes visuais que foram treinados por oito alunos educadores.
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"O educador, aluno do bacharelado, aprende a utilizar outros sentidos na captura das imagens e o deficiente visual transfere sua percepção de mundo para o papel", explica Kulcsár.
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O Senac São Paulo compartilha ações do projeto Alfabetização Visual no site www.sp.senac.br/alfabetizacao . A partir de agosto, um link será criado na página da instituição para dividir a metodologia com outros centros de ensino com o objetivo de ampliar o acesso ao curso e multiplicar da ação.
TEXTO DE ABERTURA DA EXPOSIÇÃO
"Eu não acho que ficamos cegos. Acho que somos cegos.
Cegos que podem ver, mas não vêem".
Cegos que podem ver, mas não vêem".
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Personagem do livro Ensaio Sobre a Cegueira, de José Saramago.
Personagem do livro Ensaio Sobre a Cegueira, de José Saramago.
Diariamente, os limites da humanidade e da civilização são rompidos, mas parece que não queremos enxergar. Será que todos nós estamos ficando cegos?, diz Saramago.
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Ao dispararem o botão da câmera, focando a acessibilidade, pessoas com deficiência visual propõem uma discussão sobre a questão da técnica e da estética fotográfica, além de transformar o ato de fotografar num ato político que nos faz repensar o conceito de cegueira. Afinal, você vê, enxerga ou também tem deficiência visual?
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O projeto de fotografia para pessoas com deficiência visual teve início em março de 2008, após solicitação de dois frequentadores do Espaço Braille do Centro Universitário Senac - Campus Santo Amaro, como parte dos projetos de Iniciativas Sociais da instituição e foi desenvolvido com a metodologia da alfabetização visual*, que capacita alunos do Bacharelado em Fotografia para atuarem como educadores em projetos socioculturais de maneira refletiva, consciente e crítica.
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O curso desenvolve a fotografia participativa com jovens e adultos com deficiência visual, onde os alunos aprendem a usar a fotografia como meio de expressão criativa e inclusão social, comunicando suas percepções sobre o mundo e despertando consciência no público vidente sobre a realidade da comunidade cega. As aulas são planejadas e ministradas pelos educadores, com o apoio de professores, e acontecem semanalmente. Durante o curso foram realizadas saídas fotográficas pela cidade de São Paulo com o objetivo de explorar o tema proposto para estudo. Alguns desses locais foram: o Jardim Botânico, a Praça da Sé, a Avenida Paulista e o Pátio do Colégio.
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Desde o início, educadores e professores pesquisaram e participaram de várias orientações sob mobilidade e acessibilidade, realizando visitas à Pinacoteca do Estado de São Paulo, ao Museu do Diálogo, em Campinas, e à Associação Laramara. Essa é uma parte fundamental do processo de capacitação de quem ministra o curso.
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O tema desta segunda exposição foi sugerido pelos alunos quando discutíamos uma fotografia tirada por João Maia. Este catálogo acompanha a mostra fotográfica acessível a pessoas com deficiência visual, com fotos em relevo e textos em braile.
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Esperamos que as imagens apresentadas provoquem a reflexão sobre algumas questões do cotidiano e sobre a cegueira que permeia nossa sociedade, pois como disse Antoine de Saint-Exupéry: "só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos".
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Prof. João Kulcsá
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http://www.saopaulofc.com.br/noticias/20100516/morumbi+recebe+exposicao+do+projeto+alfabetizacao+visual.jhtml
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Uma Photographia por si só vale por mil palavras?