Sorria
Iphan faz levantamento para localizar fotógrafos conhecidos como lambe-lambes
Publicada em 13/03/2010 às 19h23m
O Globo.
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RIO - Com a chegada das máquinas instantâneas de retrato e após a explosão da fotografia digital, os lambe-lambes foram, pouco a pouco, deixando seus pontos. Para preservar a memória dos últimos representantes da categoria, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-RJ) iniciou um levantamento desses cronistas visuais que ainda existem no estado.Testemunhas privilegiadas das transformações pelas quais o Rio passou desde o início do século XIX, os lambe-lambes estão praticamente em extinção. Até agora, foram localizados cinco fotógrafos de jardim (como a profissão era chamada em seu auge). Entre eles, há desde os que já não trabalham mais no ofício aos que ainda sobrevivem da fotografia.
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- O que estamos buscando é registrar este tipo de atividade e salvaguardar a memória - explica o superintendente do Iphan no estado, Carlos Fernando Andrade, à repórter Jacqueline Costa.
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O levantamento - que está sendo realizado pelo antropólogo João Carlos de Oliveira, com a ajuda da estudante de história Anne Lima - inclui entrevistas e depoimentos gravados em vídeo. O material reunido tem a chance de ser transformado em um livro ou um DVD.
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Dos oito lambe-lambes que trabalhavam no Jardim do Méier, só restou um. Aos 83 anos, o português Bernardo Soares Lobo ainda marca ponto por lá, às segundas, terças e quartas. Da velha câmera, não saem mais imagens. Seu Lobo se rendeu à fotografia digital e hoje usa o antigo equipamento de trabalho apenas como um chamariz. Com orgulho, lembra de já ter fotografado Tenório Cavalcanti, político que ficou conhecido como o Homem da Capa Preta, e Dercy Gonçalves. E diz que não consegue abandonar o jardim onde está há 54 anos.
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Outro que ainda não abandonou o batente e que também usa máquina digital é Osvaldo de Andrade Neves, de 66 anos. Há quatro décadas, diariamente, ele monta sua máquina na Praça da Matriz, em São João de Meriti. Ele admite que o movimento caiu com o passar dos anos, mas diz que ainda tira da fotografia o sustento da família.
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Já Inácio Teodósio da Silva armou o tripé de sua máquina na Praça General Osório, em Ipanema, durante quase 30 anos. Mas, hoje, guarda com zelo o equipamento que fotografou de ilustres anônimos a personalidades cariocas. Seis de seus irmãos trabalharam na mesma profissão, em diversos pontos do Rio. Jorge Teodósio da Silva, irmão de Inácio, e Francisco Victor Cavalcanti foram os outros lambe-lambes encontrados pelo pesquisador do Iphan.
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Leia a íntegra desta reportagem no Globo Digital .
Comentários
Alexis Novellino
14/03/2010 - 17h 59m
14/03/2010 - 17h 59m
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Lamentavelente o representante do IPHAN em Cabo Frio não teve a competência dos seus colegas de trabalho.
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O mesmo "permitiu" a demolição da casa histórica do renomado fotógrafo Wolney.
O mesmo "permitiu" a demolição da casa histórica do renomado fotógrafo Wolney.
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Seus familiares possuem o maior acervo fotográfico com imagens da cidade.
Seus familiares possuem o maior acervo fotográfico com imagens da cidade.
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Diversos projetos foram criados para implantação na casa Wolney, mas nenhum deles foi capaz de sensibilizar as autoridades competentes.
Diversos projetos foram criados para implantação na casa Wolney, mas nenhum deles foi capaz de sensibilizar as autoridades competentes.
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Uma Photographia por si só vale por mil palavras?