Exposição de fotografias mostra trajetória das Mães da Praça de Maio
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De Agencia EFE –
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Buenos Aires, 29 out (EFE).- As históricas Mães da Praça de Maio, que há 32 anos lutam para saber onde estão seus filhos, desaparecidos durante a ditadura militar argentina entre 1976 e 1983, agradecem o apoio de todo o mundo com a mostra fotográfica "A Volta ao mundo em um Barco de Amor".
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A exposição mostra uma seleção de 340 fotografias que remontam as três décadas nas quais as mães foram protagonistas de manifestações, homenagens e reconhecimentos a seu trabalho nos cinco continentes.
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O objetivo da exposição é "mostrar ao mundo que não fizemos tudo sozinhas, que em cada país houve grupos, organizações, praças, parques e homenagens que nos deram forças para poder seguir adiante. É uma forma de agradecer a todos os países do mundo que nos deram tanto", disse à Agência Efe a presidente da Associação Mães de Praça de Maio, Hebe de Bonafini.
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Além de fotografias tiradas em praticamente todos os países da América Latina, há imagens da passagem das mães por Cuba, Espanha, Itália, França, Holanda, Alemanha, Suécia, Canadá, Austrália, Iraque, Egito ou as duas Coreias.
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Muitas das fotografias mostram Hebe com os presidentes dos países citados ou com líderes de movimentos políticos ou religiosos.
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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e o ex-presidente cubano Fidel Castro são os líderes que aparecem em mais fotos com as mães, compartilhando sua dor e sua luta em diferentes eventos.
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A presidente da associação também posa com líderes como o papa João Paulo II, em uma foto tirada no Vaticano em 1983; com o diretor-geral da Unesco, Koichiro Matsuuro, quando as mães receberam o Prêmio Educação para a Paz em 1999; ou com Yasser Arafat, líder do movimento de libertação palestina.
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No entanto, Hebe reconhece que uma das imagens mais emocionantes da exposição foi tirada há pouco tempo, em um ato na Argentina, em 2008, no qual as mães entregaram à presidente Cristina Fernández de Kirchner, o lenço branco que simboliza sua luta.
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Na fotografia, ambas aparecem emocionadas levantando o lenço, um momento que Hebe lembra como "muito forte para ela, para mim, para todos".
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Uma das fotos mais curiosas mostra Hebe com o músico argentino Charly García na residência dele, fotografia acompanhada de outra tirada em 1993 com Sting, além de várias com a banda irlandesa U2, que em uma de suas passagens pela capital argentina visitou a casa das mães.
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Junto às fotografias podem ser lidas as palavras de ordem que sempre acompanharam as mães, como "a única luta que se perde é a que se abandona", "nem um passo atrás", e a que, para Hebe, é a mais significativa de todas: "Até a vitória sempre, queridos filhos".
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A mostra pode ser visitada no Espaço Cultural Nuestros Hijos, administrado pelas mães no antigo prédio da Escola Superior de Mecânica da Armada (Esma), onde funcionou o maior centro clandestino da última ditadura militar argentina.
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"Aqui é como vencer a morte. Vencemos a morte. Pintamos este lugar, demos cor a ele. Onde ninguém queria vir, as mães disseram: onde houve morte vamos pôr vida, vamos mostrar ao mundo que isto não é um museu, é um lugar de vida, de arte", explicou Hebe.
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Além disso, lembrou que a exposição não deixa de ser, como todos os eventos que lideram, uma homenagem a seus filhos.
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A dirigente da associação, criada em outubro de 1977, se mostrou muito orgulhosa de suas conquistas durante os 32 anos de luta.
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"Lentamente fomos dando resposta a tudo. À ditadura (...), à falta de educação, à universidade. À falta de possibilidades, aos sonhos compartilhados. Quando vimos que não tínhamos como, que ninguém nos escutava, a rádio, o jornal, o outro jornal, uma revista nova, a livraria, a biblioteca" nos deu ouvido, relatou, sobre o caminho percorrido.
A Volta ao Mundo em um Barco de Amor. Esse é o nome da exposição composta de 340 fotografias que remontam os mais de 30 anos da luta das Mães da Praça de Maio, na Argentina.
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O Espaço Cultural Nuestros Hijos, administrado pelas mães no antigo prédio da Escola Superior de Mecânica da Armada (Esma), onde funcionou o maior centro clandestino da última ditadura militar argentina, é a sede da exposição. Lá nesse espaço, a Associação criou vida sobre a morte, como explica Hebe: “Aqui é como vencer a morte. Vencemos a morte. Pintamos este lugar, demos cor a ele. Onde ninguém queria vir, as mães disseram: onde houve morte vamos pôr vida, vamos mostrar ao mundo que isto não é um museu, é um lugar de vida, de arte.” Além disso, lembrou que a exposição não deixa de ser, como todos os eventos que lideram, uma homenagem a seus filhos.
A Volta ao Mundo em um Barco de Amor
De 18 de outubro a 18 de novembro de 2009, de segunda a sábado, das 14h às 20h30.
Espacio Cultural Nuestros Hijos (ECuNHi)
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Avenida del Libertador 8465 (1429), Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina
Para saber mais clique aqui
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Estive novamente Serralves (eu gosto muito de lá ir) para a abertura da exposição de Augusto Alves da Silva. Para minha surpresa, depois de fazer a "inocente" fotografia que reproduzo, com a minha maquininha de bolso,o segurança dirigiu-se a mim, cheio de energia, informando-me que era PROIBIDO fotografar naquela exposição. Confesso que tal me surpreendeu: proibido fotografar numa exposição de um fotógrafo, que todos os dias "rouba" fotografias pela rua? Para além do mais, tenho de reconhecer que Serralves tem mantido uma politica de grande abertura relativamente à possibilidade de fotografar todas as exposições que tem realizado. Tenho podido sempre fotografar à vontade, sem problemas, quando muito sendo obrigado a não utilizar o flash, que de qualquer maneira nunca uso. Isto ao contrário de muitas instituições, onde o caso mais paradoxal de que me lembro era o CPF, onde nem o edifício se podia fotografar! Lembro-me de um dia, um segurança me ter chamado à pedra, depois de me apanhar a fotografar umas pedras do tecto de uma das salas! A única excepção que me ocorre em Serralves foi a exposição de Rauschenberg e na altura manifestei a minha perplexidade, que hoje volto a manifestar. Curiosamente, ao jantar, tinha tido uma conversa sobre a atitude fechada, conservadora mesmo, de muitos artistas que (paradoxalmente na condição de artistas ?) tentam por todos os meios impedir a divulgação das suas obras, conversa a propósito de um vídeo, precisamente de Augusto Alves da Sila, em que ele filmou um espectáculo da Companhia Nacional de Bailado e que não pode exibir porque o autor da música, que é reproduzida parcialmente na banda sonora do vídeo, o não permite.
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Recebi mais tarde uma explicação: esta proibição resulta de um acordo feito com os modelos de um dos projectos na exposição: o projecto book, que mostra imagens de mulheres, algumas com conteúdo sexual explícito. As modelos quereriam impedir a difusão pública dessas imagens! Claro que esta explicação parecendo justificar a atitude de Serralves não me satisfaz e nem faz muito sentido. Primeiro, se o argumento fosse relevante e a proibição fizesse sentido, bastaria proibir a fotografia na ala onde esse projecto está montado, que está bem delimitado no espaço da exposição. De facto, as outras exposições em Serralves continuam a poder ser fotografadas. Mas a proibição não faz qualquer sentido e é fácil ver que assim é. Que sentido faz "impedir a difusão publica das imagens", quando as imagens foram publicadas em livro, que qualquer pessoa pode reproduzir com muito melhor qualidade do que aquela que eu conseguiria obter com um pequena câmara, com reflexos em vidros, etc? Se as modelos queriam controlar as imagens, só o poderiam fazer na produção dessas imagens (fizeram-no?), impedindo eventualmente algumas imagens de fazerem parte do projecto. A partir do momento em que as imagens são públicas, são públicas.
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Ainda ninguém conseguiu a solução para o problema de comer o bolo e ficar com o bolo...Nem sequer os físicos quânticos! Talvez perguntando ao gato de Schroedinger, mas eu não aprendi a falar com gatos...
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Claro que só este pequeno episódio poderia suscitar uma longa reflexão sobre o tema da autoria, dos direitos de autor, dos direitos à imagem, da internet, etc.
Augusto Alves da Silva em retrospectiva de fotografia e de vídeo no Porto
Jornal de Notícias - 2009-10-23
AGOSTINHO SANTOS
foto Direitos reservados
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O fotógrafo Augusto Alves da Silva inaugura hoje, quinta-feira, às 22 horas, a exposição "Sem saída, .
ensaio sobre o optimismo", no Museu de Serralves, no Porto. É uma retrospectiva de um importante artista revelado na década de 90.
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As imagens de Augusto Alves da Silva ocuparão cinco salas do Museu de Serralves e é a primeira exposição retrospectiva deste fotógrafo. Captando fundamentalmente a imagem, na categoria do retrato, a paisagem ou mesmo a fotografia de modelo ou de arquitectura, Alves da Silva também apresentará nesta mostra filmes e projecções de imagens de viagens realizados quer em Portugal quer no estrangeiro.
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"Sem saída, ensaio sobre o optimismo" assume-se como uma espécie de síntese do trabalho até agora concretizado. Assim, em Serralves, poderão observar-se, a partir de hoje, fotografias que correspondem ao início da sua actividade, algumas delas inéditas e também um conjunto de imagens originárias de projectos anteriores, ampliadas e impressas especificamente para este efeito.
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Os trabalhos em vídeo são apresentados através do projecto "Iberia", em que o público se confrontará com a projecção aleatória de milhares de imagens captadas ao longo de uma travessia de Espanha, em jipe e por estradas secundárias.
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A evidenciar também a série "Book", que integra um conjunto de fotografias com modelos femininos não-profissionais, encontrados através da difusão de um anúncio na Internet. As imagens em exposição foram previamente vistas e autorizadas pelas próprias modelos, que receberão uma percentagem da venda daquelas obras em que são protagonistas.
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A mostra é comissariada por João Fernandes, director do museu, e poderá ser visitada até dia 31 de Janeiro.
McCurry began studying film history cinematography and filmmaking at Penn State in 1968, but ended up getting a degree in theater arts and graduating cum laude in 1974. He became very interested in photography when he started taking pictures for the Penn State newspaper called The Daily Collegian.
Career
His photojournalism career began with his coverage of the Soviet war in Afghanistan. McCurry disguised himself in native dress and hid his film by sewing it into his clothes. His images were among the first of the conflict and were widely published. His coverage won the Robert Capa Gold Medal for Best Photographic Reporting from Abroad.
McCurry's most recognized photo is that of "Afghan Girl", a previously unidentified Afghan refugee. The image itself was named as "the most recognized photograph" in the history of the National Geographic magazine and her face became famous as the cover photograph on the June 1985 issue. The photo has also been widely used on Amnesty International brochures, posters, and calendars. The identity of the "Afghan Girl" remained unknown for over 15 years until McCurry and a National Geographic team located the woman, Sharbat Gula, in 2002.
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Although McCurry shoots both in digital and film, his admitted preference is for transparency film. Based in New York, McCurry offers weekend photography workshops, as well as extended 2-week digital photography workshops in Asia (currently scheduled in Nepal, India, and Burma).
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Entre as imagens
O fim da saga do Kodachrome
Hoje
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Sharbat Gula é um dos rostos mais conhecidos do fotojornalismo do século XX. Afegã, de origem Pashtun, foi uma das muitas órfãs da guerra com a União Soviética (1979-1989). Na sequência da destruição da sua aldeia pelas tropas soviéticas, foi levada para um campo de refugiados, em Nasir Bagh, no Paquistão. Foi aí que o americano Steve McCurry a fotografou, em 1984, tinha ela 12 anos. Em Junho de 1985, a sua imagem surgiu na capa da National Geographic, transformando-se rapidamente num ícone internacional, a ponto de vir a ser considerada "a fotografia mais conhecida" de toda a história da revista (fundada em 1888).
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Na altura, o nome de Sharbat Gula era desconhecido, surgindo apenas referida como "Rapariga afegã". Ao longo dos anos 90, McCurry tentou reencontrá-la e estabelecer a sua identidade. Os seus esforços apenas teriam sucesso depois da queda do governo taliban, em 2001. Foi em Janeiro de 2002 que uma equipa da revista a localizou numa remota aldeia do Afeganistão, para onde tinha conseguido regressar em 1992: com cerca de 30 anos, casada, mãe de três filhas, Sharbat Gula voltou a ser capa da National Geographic em Abril de 2002.
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Esta é uma admirável história das imagens e dos seus espantosos e variados poderes (vale a pena recordar que o caso levou a National Geographic a patrocinar a criação de um fundo internacional de auxílio às crianças afegãs). Em todo o caso, agora não podemos deixar de notar que, na sua dimensão mais artística, e mais especificamente técnica, esta é uma história que não se repetirá. Porquê? Porque Steve McCurry fotografou Sharbat Gula com Kodachrome, uma película que, este ano, a Kodak deixou de fabricar (quase 75 anos depois da sua criação, em 1935). Como se diz agora na terrível linguagem da gestão empresarial: o produto foi "descontinuado".
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Alguns fotógrafos amadores lembrar-se-ão das emoções próprias dos slides em Kodachrome: era preciso enviá-los para a própria Kodak, para revelação (através de um saco/envelope que vinha na embalagem do rolo), e depois esperar... pela volta do correio. O certo é que, em vários formatos fotográficos e cinematográficos (incluindo os lendários 8 mm e Super 8), o Kodachrome marcou o modo como vimos, reproduzimos ou imaginámos as cores do nosso mundo.
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Escusado será dizer que, para além da concorrência de outras marcas (por exemplo: a Fuji, com a película Velvia), o fim da saga do Kodachrome é inseparável da crescente implantação dos formatos digitais, tanto amadores como profissionais. Está por esclarecer quando (ou se...) o digital alguma vez oferecerá a complexidade e subtileza de algumas películas clássicas. Em todo o caso, o pedido ansioso de Paul Simon foi vencido. Foi em 1973 que ele compôs e cantou uma canção intitulada Kodachrome. Celebrando o seu gosto por tirar fotografias ("I got a Nikon camera"), ele implorava à mãe: "Não me tirem o meu Kodachrome". Pois bem, já aconteceu.
Quarta, 14 de outubro de 2009, 11h56 Atualizada às 15h22 Fotógrafo expõe seu olhar sobre a Europa em 'Velho Mundo Colorido'
Ricardo Toscani/Divulgação
Foto tirada por Ricardo Toscani em Amsterdã
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Uma exposição colorida e intrigante revela o continente europeu pelo olhar único do fotógrafo gaúcho Ricardo Toscani. A mostra, batizada de Velho Mundo Colorido, é resultado de uma viagem fotográfica colorida e psicodélica.
Em 30 dias, Ricardo tentou registrar com suas lentes as paisagens da Holanda, Reino Unido, Espanha e Portugal.
A mostra abriu nesta terça-feira (13) e vai até 8 de janeiro de 2010, na IQ Art Gallery do Espaço Cultural Chakras, que fica na Rua Melo Alves, 294, em São Paulo. Informações pelo telefone (11) 3062 8813.
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Velho Mundo Colorido .
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Para esta mostra, o fotógrafo Ricardo Toscani percorreu cinco países em trinta dias. O tom é de descoberta, de primeira vez. Porém as cores profusas invadem os cartões postais de cidades como Amsterdã, Dublin, Londres, Barcelona, Maiorca e Lisboa. Os cenários tintos, com tons estudados, são na verdade a consagração de um trabalho autoral do artista. Afinal, foram dois anos de experimentações, em busca da compreensão das propriedades dos filtros na câmera digital.
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O resultado? Fotos psicodélicas, alucinadas, luxuriantes e distorcidas, em que as cores se derramam e se espalham sobre os registros, como em um caleidoscópio. No meio de toda essa loucura, a razão surge para organizar o material. E as cores da bandeira de cada país retratado são impressas nas fotos, conforme o transcorrer da viagem.
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A primeira parada de Toscani foi na Holanda, terra de Van Gogh e Rembrant. Pelas suas lentes, a Amsterdã de hoje se revela uma terra de contrastes, de miscigenações. De lá, o artista nos transporta para a Irlanda, cujas esquinas lotadas acolhem os turistas com simplicidade típica de países que cultivam a alegria coletiva.
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Da simplicidade ruma-se para a pluralidade de Londres, da Tower Bridge aos ônibus de dois andares e à deliciosa Portobello Road. Então, eis que surge a Espanha e sua bela Barcelona, lugar que saúda Miró, Dali e Gaudi. E dá-lhe filtro nas ramblas, nas calles e no Mediterrâneo, mar que aponta o caminho para a ilha de Maiorca, onde tapas e jámon dominam a festa. Chega a hora de se despedir do velho Continente, mas não sem antes fazer um passeio pela pátria-mãe, Portugal. No final de tudo, a viagem de Toscani fica como um incentivo para aventureiros. Sim, vale a pena juntar trouxas para desbravar esse Velho Mundo colorido. E o melhor de tudo, sua máquina digital é como as nossas, amadoras, pequeninas, mas como ele comprova, muito funcionais! Sem dúvida, um incentivo e tanto para registrar em fotos os belos momentos da vida
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in Guia SP.BR
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Sobre Ricardo Toscani:
Ricardo Toscani é gaúcho de Santa Maria (RS), formado em desenho industrial e fotógrafo por opção. Começou a clicar aos 17 anos com um filme preto e branco, viajando a pé pelo interior do Rio Grande do Sul. Alguns anos depois já em São Paulo, trabalhou como assistente dos fotógrafos Marcelo Zocchio, Reinaldo Cóser e German Lorca. Desenvolveu linguagem própria. Devido ao espírito inquieto e o olhar singular, Toscani hoje é uma das grandes apostas da fotografia brasileira contemporânea. Seus trabalhos estão estampados em dezenas de revistas, como ELLE, Superinteressante, Galileu, Rolling Stone, TPM, Criativa e Saúde, entre muitas outras. Nos últimos dois anos, mergulhou em uma viagem ao centro do ser. Descobriu, por fim, que sua alma é colorida. A partir daí os filtros tornaram-se elementos vitais e imprescindíveis para seus instantâneos. O resultado? Um caldeirão psicodélico, com cores e emoções únicas, que teve sua consagração em setembro de 2008, quando registrou as imagens que fazem parte da exposição Velho Mundo Colorido, apresentada na IQ Art Gallery do Espaço Cultural Chakras.
Ivoti | segunda-feira, 12 de outubro de 2009 - 15h40 - Diáeio de Canoas.com.br
Professora de escola ivotiense recebe prêmio nacional nesta terça-feira
Cecília Luiza Etzberger receberá premiação no Centro Cultural dos Correios, em Recife, às 19 horas.
Da Redação
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Ivoti - A entrega do 10º Prêmio Arte na Escola Cidadã, criado pelo Instituto Arte na Escola, da Fundação Iochpe, ocorrerá nesta terça-feira, às 19 horas, no Centro Cultural dos Correios, em Recife. Entre os cinco projetos selecionados, um é da professora Cecília Luiza Etzberger, da Escola Municipal 25 de Julho.
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Ela desenvolveu o projeto Visitando os Mundos da Arte com alunos da 6ª série. O ponto de partida foi o estudo da arte medieval, o qual permitiu uma reinterpretação da arquitetura da Igreja Matriz São Pedro Apóstolo.
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Por meio de atividades em sala de aula e visitas ao local, os alunos desenvolveram uma exposição fotográfica que foi exibida não só na escola, mas também em locais públicos da cidade.
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Os alunos contaram com o envolvimento de suas famílias no processo de aprendizagem. Este detalhe permitiu que arte, história local e pessoal aflorassem e se cruzassem em um processo transversal, multidisciplinar, que teve a arte como fio condutor.
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2º Prêmio Foto Arte Brasília 2009 apresenta 151 obras de 80 artistas e traz, como foco, a sustentabilidade. As imagens selecionadas serão doadas à WWF-Brasil, para serem usadas em campanhas de preservação ambiental
. dmiura@jornaldacomunidade.com.br Redação Jornal da Comunidade
Cena captada pelas lentes do fotógrafo Dalton Valério, premiado na categoria Ensaio com seis fotos que trazem o tema
. Antropologia e Cultura
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O Espaço Cultural Contemporâneo (ECCO) realiza exposição coletiva de fotografias do 2º Prêmio Foto Arte Brasília, cujo tema é Natureza, Meio Ambiente e Sustentabilidade. A mostra homenageia todos os vencedores inscritos na segunda edição do prêmio, revelando ao público a importância da fotografia como patrimônio visual, documental e artístico da cultura brasileira. O tema escolhido incentiva não apenas os profissionais da área fotográfica, como também a sociedade em geral, ao propor uma reflexão sobre a relação do homem com o seu habitat.
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Para Eduardo Rodrigues Peixoto, que teve sua foto selecionada na categoria Foto Única, a iniciativa é louvável: “É um bom projeto, porque dá oportunidade para mostrar vários trabalhos. Geralmente, concursos desse porte acontecem fora de Brasília”, observa. O bancário, pai de dois filhos, participa do Foto Arte pela segunda vez e também teve seu trabalho selecionado na primeira edição. A foto escolhida no concurso atual mostra um tamanduá, morto em uma rodovia de Tocantins. “Se você degrada o habitat natural do animal, ele acaba migrando e morrendo nas rodovias. E esse tamanduá da espécie mirim está em extinção”, alerta.
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Já Emília Alves Silva, outra artista selecionada, participa pela primeira vez de um concurso de fotografia. A estudante de artes plásticas conta que tirou as fotos nas férias, sem pretensão nenhuma. “Essa imagem é da cozinha da fazenda da minha avó, em Minas Gerais, e foi feita no meio do ano, quando fui visitá-la. Fiz fotografia em preto em branco com configuração na câmera mesmo”, esclarece.
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Fernando Elias, outro artista selecionado no Foto Arte, é fotógrafo profissional, professor de vôlei e de educação física. Ele produziu a foto que estará na exposição em 1999. “Fotografei o Solar de Maitrea, mostrando, ao fundo, o Morro da Baleia, na saída de São Jorge”, conta. . O prêmio
. A 2ª edição do Prêmio Foto Arte Brasília pode ser considerada um grande sucesso. Foram 547 fotógrafos inscritos, entre amadores e profissionais, de 26 estados e de quatro países diferentes, totalizando quase 2.500 imagens sobre a natureza brasileira. Todas foram analisadas por comissão julgadora de alto nível e com abrangência nacional, que escolheu selecionados e premiados. A composição do júri contou com a participação de Eder Chiodetto (SP), curador e presidente da Comissão; Rogério Assis (PA), editor da Revista Pororoca; Marcelo Reis (BA), diretor da Agosto da Fotografia; Milton Guran (RJ), diretor do Foto Rio; Susana Dobal (DF), professora da UnB; Karla Osorio Netto (DF), diretora do Foto Arte (DF); e Tiago Santana (CE), curador do IFOTO.
. No total, foram selecionadas 151 imagens nas categorias Foto Única e Ensaio Fotográfico, sendo que, entre estas, 29 são premiadas.
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O regulamento previa possibilidade de inscrição em cinco grandes temas: Antropologia e Cultural, Ecologia, Preservação Ambiental/Sustentabilidade, Amazônia e Cerrado. O banco de imagens de selecionados será doado à WWF-Brasil, organização não-governamental dedicada à preservação do ambiente, com projetos em todo o país e integrante da Rede WWF, maior rede independente de conservação da natureza, com atuação em mais de 100 países.
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As fotos poderão ser usadas pela ONG em suas campanhas de preservação ambiental, dando respectivos créditos aos seus autores. O Brasil sairá ganhando, pois aspectos positivos de sua natureza, como a riqueza e a diversidade, serão divulgados tanto no país quanto no exterior. Os fotógrafos, por sua vez, verão seus trabalhos divulgados em peças de alto nível, dando mais visibilidade às suas produções. . Exposição Foto Arte Brasília De 14 de outubro a 22 de novembro, de terça a domingo, das 9h às 19h, na Galeria I e II do Espaço Cultural Contemporâneo – ECCO (SCN, quadra 3, lote 5). LIVRE PARA TODOS OS PÚBLICOS.
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Sobre o projeto
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O Foto Arte foi criado em Brasília, em 2002, e ocorre a cada dois anos. É um dos principais festivais de fotografia do Brasil e da América Latina. Desde 2003, integra o Festival Of Light (FOL), grupo que reúne os mais importantes eventos do gênero no mundo. Em 2004, ocorreu a 1ª edição do Prêmio Foto Arte de Fotografia, criado para promover a fotografia como meio de expressão artística e valorizar o trabalho de fotógrafos amadores e profissionais. Desde sua criação, o Foto Arte contribuiu muito para a divulgação da fotografia de brasileiros no exterior e também tem conseguido chamar a atenção dos estrangeiros para expor, visitar e conhecer mais sobre a arte no Brasil.
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Artistas premiados
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Após análise dos jurados, foram premiados cinco Ensaios e três Fotos Únicas, gerando um total de 29 fotos premiadas. Diante da excelente qualidade de outros trabalhos, a Comissão decidiu outorgar a dois Ensaios e uma Foto Única o destaque com menção honrosa. Confira, a seguir, o resultado final: . Premiados na categoria Ensaio • Álvaro Villela (BA): cinco fotos com o tema Antropologia e Cultura • Antônio Carlos Faria Júnior (RJ): cinco fotos com o tema Amazônia • Dalton Valério (RJ): seis fotos com o tema Antropologia e Cultura • Nijole Kudirka (NY): cinco fotos com o tema Preservação Ambiental e Sustentabilidade • Tomás Senna (SP): cinco fotos com o tema Ecologia . Premiados na categoria Foto Única • Ana Maria Lima de Moraes (SP): com o tema Preservação Ambiental e Sustentabilidade • Márcia Foletto (RJ): com o tema Antropologia e Cultura • Jimmy Christian Pessoa Maciel (AM): com o tema Antropologia e Cultura . Menção honrosa • Charly Techio (PR): cinco fotografias da categoria Ensaio, com o tema Ecologia • Luciano Garcia Resende (SP): categoria Foto Única, com o tema Preservação Ambiental e Sustentabilidade • Patrícia Gouveia (RJ): cinco fotografias da categoria Ensaio, com o tema Ecologia
A Unidade de Cultura da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Smec) em parceria com o Núcleo de Documentação da Cultura Afro-Brasileira – Atabaque da Furg, realizou ontem um
painel sobre fotografia. Mais de 50 estudantes dos cursos de Artes, História, Biblioteconomia, Arquivologia, Arqueologia, Geografia e a comunidade interessada assistiram às palestras que integraram a programação da 22ª Semana de Arte e Cultura.
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A atividade ocorreu na Fototeca Municipal Ricardo Giovannini, localizada no Centro Municipal de Cultura. O primeiro painel foi apresentado pela professora Francisca Ferreira Michelon, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e teve como tema: “Fotografia, memória e arte: conceitos e intersecções do Séc. 19 ao 21”. O outro painel foi ministrado pela professora Teresa Martins Lenzo, da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), com o tema “Fotografia e Documento: entre marcas e traduções luminosas”.
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De acordo com Francisca, que é professora do Mestrado do Instituto de Ciências Humanas e dos cursos de Museologia, Restauro e Artes da UFPel, a fotografia surgiu no século 19 como mais um dos meios de representação. Em seu painel, ela abordou a relação da fotografia e da obra de arte. “A obra de arte e a fotografia têm uma referência muito forte. O resultado de uma fotografia não é exatamente uma forma, mas é ainda melhor que o somatório de todas as outras representações, como o cinema e o desenho”, explicou.
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Conforme Francisca, o que ocorre atualmente é a hibridização das imagens. “A fotografia é um permanente diálogo com todas as formas de representação e permanente evocação de tudo que a cultura já produziu visualmente”. destacou. Segundo ela, a fotografia não é definida como poética, ou seja, como arte, pela forma como foi produzida. “A maneira como o fotógrafo ou artista usa a fotografia é que define e não o processo de produção. O atributo não está nem no meio e nem nela própria, mas na forma como ela é usada”, salientou.