Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Alfredo Cunha: fotografias que são “gritos a preto e branco”


// data 04/12/2017 - 13:28


Nepal, 2015 ©Alfredo Cunha


Bangladesh, 2014 ©Alfredo Cunha


Guiné Bissau, 2014 ©Alfredo Cunha


Guiné-Bissau, 2015 ©Alfredo Cunha


Moçambique, 1993 ©Alfredo Cunha


Moçambique, 1993 ©Alfredo Cunha


Níger, 2014 ©Alfredo Cunha


Níger, 2014 ©Alfredo Cunha


Roménia, 1991 ©Alfredo Cunha


Sri Lanka, 2015 ©Alfredo Cunha


Nepal, 2015 ©Alfredo Cunha



Nepal, 2015 ©Alfredo Cunha

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Alfredo Cunha, um dos fotógrafos "oficiais" da Revolução dos Cravos (e de outros momentos-chave da História portuguesa do século XX), expõe nas arcadas do edifício da Reitoria da Universidade do Porto (UP), entre os dias 5 e 31 de Dezembro, uma colecção de 58 fotografias que "ilustram as situações de pobreza, doença, destruição e guerra" que captou em vários cantos do globo, entre 1991 e 2015. "Sensibilizar os visitantes e apelar à participação em projectos de voluntariado" é o objectivo da exposição Olhar e Ajudar, que inaugura no Dia Internacional do Voluntariado. Em comunicado, a UP declara que, apesar da pobreza e destruição patentes nas imagens, há em todas elas "a beleza que um artista consegue pôr nas coisas mais tristes". Alfredo Cunha traz à exposição "gritos a preto e branco no silêncio do papel", fotografias dotadas de "uma profunda humanidade" que "com insistência" agarram qualquer um.

Nascido em Celorico da Beira, neto e filho de fotógrafos, Cunha registou a queda de Nicolae Ceausescu, na Roménia (1989), a guerra no Iraque, e participou no projecto comemorativo dos 30 anos da Assistência Médica Internacional, intitulado Três Décadas de Esperança, que o levou a percorrer países como o Níger, a Roménia, o Bangladesh, a Índia, o Haiti, o Sri Lanka, a Guiné-Bissau e o Nepal — onde produziu algumas das fotografias que integram a presente exposição.

http://p3.publico.pt/cultura/exposicoes/25091/alfredo-cunha-fotografias-que-sao-gritos-preto-e-branco

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