Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sábado, 13 de agosto de 2016

setúbal - parque do bonfim

* Victor Nogueira

"A origem de um espaço verde no local, onde se situa o parque do Bonfim, remonta ao século XVI, quando D. Manuel I adquiriu a Herdade Barbuda, a Norte do Postigo de Santa Catarina, na confluência com a actual avenida 5 de Outubro.

Naquele vasto terreno mandou plantar um aprazível jardim. Ao longo dos anos, o jardim sofreu várias obras e ampliações. O actual foi concebido pelo arquiteto paisagista António Viana Barreto, no início dos anos 60, década da sua construção.

(...) Relativamente ao material vegetal privilegiou-se a manutenção de todas as árvores e arbustos em bom estado vegetativo. Todos os relvados foram reinstalados. Como elemento vegetal singular referencia-se um exemplar de pinheiro buni (Araucária bidwilli).

No inventário do património arbóreo, iniciado em 2000, foram registadas 339 árvores pertencentes a 40 espécies diferentes. O elemento “água” marca presença de variadíssimas formas – do bebedouro à fonte, do lago à linha de água que ocorre ao longo dos caminhos. Este pulmão verde da cidade continua a ser o mais procurado pelos setubalenses." (in http://www.mun-setubal.pt/pt/pagina/espacos-verdes/58)

Nele, para além dum parque infantil, muito frequentado pela criançada, encontram-se um memorial ao poeta setubalense conhecido como "Calafate" (António Maria Eusébio) entre outras esculturas e pedras de armas espalhadas pelo Parque.








antiga Escola Industrial e Comercial de Setúbal onde deram aulas o meu tio José João, quando da inauguração deste edifício, para além de mim e do meu pai, depois de 1974















lápide assinalando a casa onde nasceu o poeta Calafate, na Freguesia da Anunciada



António Maria Eusébio, “o Calafate” (1819 - 1911), nome pelo qual era conhecido devido à profissão que tinha, poeta analfabeto e apelidado também de “o cantador de Setúbal”, somente aos 84 anos de idade publica os seus versos em folhetos. Este monumento inaugurado em  1968,  é da autoria do escultor Castro Lobo, em bronze e mármore branco.




























2016.08.07

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